quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Planetas fora do Sistema Solar podem ter vapor de água

Da Efe
Em Londres
Cientistas americanos encontraram indícios que apontam a existência de vapor de água em um "Júpiter quente" -nome dado a planetas gigantescos de gás, fora do Sistema Solar, que giram muito próximos a suas estrelas-, publica hoje a revista "Nature".

Carl Grillmair, do Instituto Tecnológico da Califórnia, e Drake Deming, do Centro Goddard de vôos espaciais da Nasa, ambos nos EUA, analisaram o espectro infravermelho do planeta "HD189733b", um dos mais estudados por ser mais facilmente observável da Terra.

Esse planeta, um dos aproximadamente cinqüenta extra-solares conhecidos como "Júpiteres quentes", arde devido a sua veloz e próxima rotação ao redor de sua estrela, a cada dois dias aproximadamente.

Os astrônomos predisseram que este tipo de planetas gasosos, que não podem ser vistos diretamente e se estudam pela análise de suas atmosferas, conteriam vapor de água.

No entanto, achar provas disso não é fácil, e estudos anteriores levantaram dados contraditórios.

Os cientistas cuja investigação encontrou traços de absorção de água no espectro de emissão do planeta (que é quando os átomos e as moléculas de um gás quente emitem luz a determinadas longitudes de onda, com a produção de linhas brilhantes), o que indica a presença de vapor atmosférico.

Os astrônomos estudam os espectros -tanto de emissão como de absorção- para averiguar características dos corpos celestes, como sua composição, sua temperatura, sua densidade e seu movimento.

Os autores do estudo destacam a importância de validar e delimitar os modelos que se aplicam ao estudo dos "Júpiteres quentes", já que são astros que, não podendo ser vistos diretamente, se estudam a partir de deduzir informação sobre suas atmosferas observando um subconjunto delas que transitam, ou passam em frente a suas estrelas, desde o ponto de vista da Terra.

Um "Júpiter quente" é um tipo de planeta extra-solar cuja massa está próxima, ou, ainda, excede a de Júpiter - maior corpo celeste do Sistema Solar depois do sol -, mas, ao contrário deste, gira em um raio mais próximo a sua estrela-mãe.

No início de 2007, o telescópio espacial da Nasa Spitzer tornou-se o primeiro a analisar a luz de dois "Júpiteres quentes" em trânsito, "HD 189733b" e "HD 209458b".

Calcula-se que aproximadamente 50 entre os mais de 200 planetas conhecidos fora de nosso Sistema Solar, chamados exoplanetas, são do tipo "Júpiter quente".

quarta-feira, 26 de março de 2008

Lua de Saturno abriga enorme oceano de água e amoníaco, diz estudo

20/03/2008 - 20h51

de água e amoníaco, revelaram cientistas do Laboratório de Físicas Aplicadas da Universidade Johns Hopkins em um estudo divulgado hoje pela revista "Science".

Titã é a segunda maior lua do planeta e também a segunda maior do sistema solar.

Com um diâmetro de 5 mil quilômetros é um pouco menor que a Ganimedes, a lua de Júpiter, e maior que Mercúrio e Plutão.

Os astrônomos de Johns Hopkins indicaram que até agora não foi confirmado de maneira direta a existência desse oceano.

No entanto, afirmaram que as observações feitas da rotação da Titã pela sonda Cassini mostraram mudanças em alguns pontos de sua superfície que sugerem que esse mar encontra-se a cerca de 80 quilômetros da superfície.

Entre outubro de 2005 e maio de 2007, a sonda Cassini, uma missão conjunta da Nasa e da Estação Espacial Européia (ESA), efetuou 19 aproximações para observar a lua.

Os dados das primeiras observações permitiram localizar lagos, barrancos e montanhas nessa superfície. Os dados posteriores indicaram que a localização de alguns desses pontos haviam modificado em até 30 quilômetros.

As mudanças poderiam ser causadas pelos intensos ventos da atmosfera de Titã, mas estes não ocorreriam se não existisse um mar subterrâneo que desse uma capacidade de "flutuação" à superfície sólida, conforme explicaram os cientistas.

Segundo os astrônomos, a superfície de Titã abriga mais hidrocarbonos líquidos que todas as reservas conhecidas na Terra.

UOL

Imagens de Saturno feitas pela missão Cassini-Huygens serão exibidas nos EUA

25/03/2008 - 20h32

A missão Cassini-Huygens, promovida pela Nasa e pela Agência Espacial Européia, foi lançada em 15 de outubro de 1997 em Cabo Canaveral (Flórida), mas só entrou na órbita de Saturno sete anos depois.

A sonda espacial Cassini "obteve as imagens mais claras registradas, até agora, dos fenômenos atmosféricos de Saturno. Das violentas tempestades e nuvens até a complexa estrutura de seus famosos anéis e de suas numerosas luas", indicou o museu em comunicado.

O museu nova-iorquino explicou que, desde que começou sua missão, a Cassini conseguiu descobrir 60 luas, em vez das 18 que inicialmente acreditava-se que Saturno tinha.

Em dezembro de 2004, a sonda Huygens se separou da nave mãe rumo a Titã, a lua gigante de Saturno, onde pousou em janeiro de 2005.

Huygens sobreviveu apenas três horas às duras condições da maior lua de Saturno, o suficiente para transmitir informações sobre o satélite natural.

Enquanto isso, a sonda Cassini se instalou sem problemas em Saturno, de onde seguiu enviando dados.

A exposição está dividida em quatro partes: uma sobre Saturno e sua atmosfera, outra sobre seus anéis, uma sobre Titã e Enceladus (luas geologicamente ativas de Saturno) e a última sobre os demais satélites naturais do planeta.

Os amantes do espaço também poderão ver, na mostra, maquetes das sondas espaciais Cassini-Huygens, segundo o museu nova-iorquino.

UOL