domingo, 13 de dezembro de 2009

COP 15: INPE e CEOS discutem como monitorar as mudanças ambientais globais

11/12/2009


Evento promovido pelo Comitê de Satélites de Observação da Terra (CEOS, na sigla em inglês) durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), em Copenhague, discutirá a disseminação global de dados de satélites para monitoramento dos efeitos das mudanças ambientais. Às 17h (hora de Brasília) desta sexta-feira (11/12), o evento será conduzido por Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O INPE assume em 2010 a presidência do CEOS, que reúne 28 agências espaciais e 20 organizações nacionais e internacionais, com o objetivo de coordenar o intercâmbio global de dados de satélites de observação da Terra. Gilberto Câmara apresentará as perspectivas do CEOS para o monitoramento climático a partir do lançamento de novos satélites de sensoriamento remoto. O diretor do INPE também falará sobre as emissões de gases de efeito estufa provocadas pelo desmatamento das florestas.

O evento tem como principal palestrante o professor holandês Paul J. Crutzen, vencedor do Prêmio Nobel de Química em 1995 por suas pesquisas relacionadas à destruição da camada de ozônio. Também participam Takashi Moriyama, da agência espacial japonesa (JAXA), e José Achache, do GEO (sigla em inglês do Grupo de Observação da Terra).

O INPE adotou como política distribuir gratuitamente pela internet seus dados de satélites em 2004. Hoje o fácil acesso a dados que contribuam para o melhor entendimento das mudanças ambientais globais é o principal objetivo de organismos internacionais como o CEOS e o GEO, que pretendem disponibilizar e compartilhar informações para monitoramento de níveis de carbono, mudanças climáticas, perda de biodiversidade, desmatamento, recursos hídricos, temperaturas do oceano e outros indicadores críticos para a saúde do planeta e bem-estar da humanidade.

Monitoramento global
Nesta quinta-feira (10/12), INPE e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) assinaram em Copenhague memorando de entendimento que possibilitará a transferência de tecnologia e capacitação aos países interessados em monitorar florestas por satélites.

Com o PRODES do INPE, o Brasil monitora por satélite 4 milhões de Km² de florestas na Amazônia todos os anos. O maior programa de acompanhamento de florestas do mundo permite ao Brasil medir o desmatamento e divulgar com transparência todas as informações obtidas a partir dos satélites.

Para a FAO, o Brasil abre caminho para o controle do desmatamento e da degradação florestal em todo o mundo quando, por meio do INPE, oferece ajuda aos demais países a avançar na vigilância de suas próprias florestas.

O memorando proporcionará a capacitação técnica necessária ao monitoramento para REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação em Países em Desenvolvimento. Um dos principais objetivos da FAO, REDD é também um dos temas mais importantes em discussão COP-15.

Os cursos de capacitação serão realizados no Centro Regional da Amazônia (CRA/INPE), inaugurado recentemente em Belém (PA) com a missão de se tornar um centro internacional de difusão de tecnologia de monitoramento por satélite de florestas tropicais. Os técnicos estrangeiros aprenderão a utilizar o TerraAmazon, sistema desenvolvido pelo INPE para seus programas de monitoramento e que estará disponível gratuitamente.

domingo, 19 de julho de 2009

Fragmentos do tanque externo atingiram ônibus espacial Endeavour

da Folha Online

Alguns pedaços se desprenderam nesta quarta-feira do tanque externo do ônibus espacial Endeavour logo após o lançamento, e pelo menos um deles atingiu a estrutura da nave, mas as autoridades da Nasa (agência espacial americana) disseram que o incidente não representa um problema sério.

"Vários fragmentos se desprenderam e alguns, provavelmente, atingiram a nave antes de terminar o período [...] de risco potencial de dano ao ônibus espacial", disse William Gerstenmeir, administrador adjunto para operações espaciais da Nasa, em entrevista coletiva, antes de minimizar os eventuais efeitos do choque dos fragmentos com o ônibus espacial.

"Não consideramos que isso seja um problema", disse Gerstenmeir. Segundo ele, as marcas brancas mostradas nas imagens provavelmente são "danos na pintura, não fissuras profundas".

O Endeavour partiu em uma missão de 16 dias rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) após cinco adiamentos causados, primeiro, por problemas com esse mesmo tanque externo, e, depois, pelas más condições de tempo na região do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
O administrador afirmou que a Nasa verificou que o desprendimento dos fragmentos aconteceu logo após a separação dos foguetes propulsores, 2 minutos e 15 segundos depois do lançamento.

Uma das primeiras operações que os astronautas da nave realizarão nesta quinta-feira será revisar o escudo térmico e a estrutura da nave para garantir a segurança durante a reentrada na atmosfera.

Foi durante o retorno à Terra que o ônibus espacial Columbia se desintegrou sobre o céu do Texas em 1º de fevereiro de 2003, ao término de uma missão científica, uma tragédia que matou seus sete tripulantes. Investigações apontaram um buraco na asa causado por fragmentos de espuma isolante como a causa do acidente.

Em 2006, pedaços de espuma também se soltaram do tanque de combustível do ônibus espacial Discovery durante um lançamento, mas inspeções feitas em órbita afastaram a existência de danos na proteção externa da nave, que retornou em segurança à Terra.

Com agências internacionais