quarta-feira, 25 de junho de 2014

Descoberta estrela que pode ser diamante do tamanho da Terra

B. Saxton (NRAO/AUI/NSF)
Estrela de diamante
Os astrônomos estão empolgados com a descoberta de uma estrela de diamante do tamanho da Terra. Um artigo sobre a descoberta foi publicado na revista Astrophysical Journal.
A estrela em questão é a anã branca mais fria e com o brilho mais fraco já identificada. Esse tipo de estrela costuma ter o tamanho da Terra e está em seu estágio final. Perto da morte, elas esfriam e desaparecem, em um processo que pode demorar bilhões de anos.
Como é extremamente fria e é formada de carbono e oxigênio, os astrônomos acreditam que o carbono foi cristalizado, formando um diamante gigante. Essa estrela está no sistema binário PSR J2222-0137 composto por ela e por um pulsar, ou seja, uma estrela de nêutrons extremamente densa que gira em altíssima velocidade.
Os astrônomos descobriram esse diamante gigante a partir de observações feitas em instrumentos do Observatório Nacional de Radioastronomia (NRAO) e em outros observatórios.
Primeiro, eles identificaram um pulsar. Ele girava 30 vezes por segundo e estava gravitacionalmente ligado a um segundo corpo celeste, a anã branca. Cálculos determinaram a distância do sistema em relação ao planeta Terra, que é de 900 anos-luz.
Os cálculos dos cientistas também indicam que o pulsar tem uma massa 1,2 vez maior que a do Sol. Já a estrela de diamante tem uma massa 1,05 vez maior do que a do Sol, condensada em um diâmetro parecido com o da Terra.
Segundo os pesquisadores, outras estrelas desse tipo já foram identificadas no universo. Mas sua detecção é extremamente rara, pois elas têm um brilho muito fraco. Por serem comuns, resta a esperança de que uma dessas estrelas seja encontrada mais perto da Terra para que seja possível precisar se realmente são feitas de diamante.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

'Godzilla das Terras' é 17 vezes maior que nosso planeta

 

Nova categoria é chamada de "mega-Terra" e refere-se à descoberta do Kepler-10c, que tem uma superfície parecida com a do nosso planeta, mas muito maior

 

Kepler-10c orbita uma estrela a cerca de 560 anos-luz de distância e está sendo chamado de "Godzilla das Terras"
Foto: AFP
 
Astrônomos criaram uma nova categoria de planeta após a descoberta de um objeto que tem massa 17 vezes maior que a Terra.
A nova categoria é chamada de "mega-Terra" e refere-se à descoberta do Kepler-10c, que tem uma superfície parecida com a do nosso planeta, mas muito maior.
O Kepler-10c orbita uma estrela a cerca de 560 anos-luz de distância e está sendo chamado de "Godzilla das Terras".
Cientistas descreveram as propriedades do planeta em um encontro da Sociedade Astronômica Americana em Boston. E confessaram que trata-se de um tema difícil.
Teóricos sempre imaginavam que qualquer planeta dessa grandeza puxaria tanto hidrogênio para si que seria mais parecido com Netuno ou Júpiter.
O professor Dimitar Sasselov, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA), disse a jornalistas que o objeto "é algo maior do que uma 'super-Terra', então que tal 'mega-Terra'?", disse a jornalistas.
11 bilhões de anos
Kepler-10c, como o nome sugere, foi detectado pelo telescópio Kepler, da agência espacial dos EUA. O diâmetro do objeto foi estimado em 29 mil quilômetros, ou pouco mais de duas vezes a largura da Terra.

Combinado com o diâmetro, o número de massa mostrou que Kepler-10c não pode ser um planeta gasoso, mas deve compreender um material muito denso, segundo cálculos do instrumento Harps-Norte, do Telescopio Nazionale Galileo, nas ilhas Canárias.
"Mas, lembre-se, este é um planeta muito grande, o que significa que esses mesmos minerais são altamente comprimidos", diz o professor Sasselov.
Curiosamente, a idade da estrela hospedeira é de cerca de 11 bilhões de anos, o que é no início da evolução do Universo, quando gerações de estrelas explosivas não tiveram tempo para reunir os elementos pesados necessários para a constituição de planetas rochosos.
"Descobrir o Kepler-10c nos diz que planetas rochosos poderiam se formar muito mais cedo do que pensávamos. E se você pode fazer pedras, você pode fazer a vida", disse o professor Sasselov.